Pela primeira vez, desde que passou a sensibilizar os carazinhenses quanto aos valores intrínsecos ao nascimento do Deus menino, a Cantata Natalina precisou ter sua apresentação interrompida. Também pela primeira vez, em 17 edições do espetáculo evangelizador, a previsão de persistente instabilidade climática impossibilitou que o show ganhasse uma nova data para ser representado diante de um público prenhe de expectativa.
No entanto, se o evento norteado pelo tema “Natal nas Janelas do Tempo: louvor, bênção e prosperidade” tinha como propósito o de refletir sobre os laços que unem passado, presente e futuro, ele deixou um importante ensinamento àqueles que ocupavam o interior do Colégio Notre Dame Aparecida ou se acomodavam em cadeiras posicionadas ao longo da Praça Albino Hillebrand: frustrações e momentos de tristeza também fazem parte da jornada.
Ainda assim, nos minutos que precederam a precipitação responsável por apagar seu esplendor, a Cantata Natalina atingiu seu objetivo principal, permitindo que os espectadores vivenciassem a magia que permeia o Natal. Afinal, celebrando a data festiva por meio de uma profusão artística, o espetáculo provoca, também, múltiplas emoções.
Aqueles que protagonizariam o show, por exemplo, puderam sentir o entusiasmo de doarem-se para preencher o palco, as janelas, a rua e a arquibancada com seus talentos, conforme ressaltaram as gêmeas Isadora e Vitória Vieira Moura, antes de entrarem em cena. “A Cantata é um momento mágico, muito bonito! No ano passado, nós participamos nas janelas e, neste ano, é uma coisa nova, pois vamos estar na arquibancada. E, bem, eu acho que a Cantata deveria acontecer para sempre”, comentou Isadora. Vitória, por sua vez, afirmou que fazer parte do evento é uma vivência em família. “É uma experiência única, porque é algo que estamos fazendo junto com as pessoas que amamos”, exultou.
Tão entusiasmado quanto as estudantes do 4º Ano do Ensino Fundamental estava o irmã delas, Lucas Vieira Moura, que iria representar um anjo, em quadro dramatizado pelos educandos do 2º Ano – papel que comoveu sua mãe, Denise Vieira Moura. “Para nós, enquanto pais, é um orgulho ver eles representando todos os estudantes do Colégio. Eles estavam ansiosos para participar, para poder contribuir com esse enorme espetáculo que é a Cantata”, comentou.
Além de exaltar a narrativa centrada no Salvador, que permanece intacta ao passar dos séculos, a apresentação faria, ainda, uma homenagem à trajetória secular da presença Notre Dame no Brasil, reafirmando as virtudes inerentes ao Natal que norteiam, igualmente, o fazer pedagógico nas instituições da Rede de Ensino – as quais são percebidas e valorizadas por toda comunidade escolar, conforme salientou Sandra Silvana Jürkfitz dos Santos. “Se nós optamos por colocar a Caetana, aos 2 anos de idade, para estudar no Notre Dame, foi porque os seus valores fazem uma enorme diferença na nossa comunidade, a partir da formação dos nossos filhos e pelo trabalho construído pelas Irmãs”, destacou.
Última apresentação:
Prevista para ocorrer no sábado (09), a derradeira apresentação desta 17ª Cantata Natalina, contará com a participação de educandos do Colégio Notre Dame Aparecida, os quais exibirão seus talentos no município vizinho, diante do Colégio Notre Dame Passo Fundo.
