Comprometidas com o projeto divino, Irmãs de Notre Dame incentivam, com o ato comemorativo, o plantio de árvores frutíferas e ornamentais nas comunidades onde atuam
Lembrando o dia jubiloso da chegada das Irmãs de Notre Dame ao primeiro dos seus destinos missionários no Brasil, um plantio de árvores foi proposto às Comunidades onde as religiosas, atualmente, vivenciam o carisma herdado da mãe espiritual da Congregação – Santa Júlia Billiart.
Precedido por todo um ano de celebração – o qual congregou quem, nos diferentes estados e países onde as Irmãs brasileiras atuam, testemunha a resposta diária das religiosas ao chamado para “proclamar a bondade de Deus e Seu amor providente” -, o ato de depositar as mudas no solo também reflete o seu compromisso com o cuidado da Criação.
Evidenciando o amor e o zelo que as Irmãs despendem ao projeto divino, mais de 100 espécies foram plantadas nas instituições de ensino por elas mantidas, bem como nas obras assistenciais, pastorais e sanitárias em atividade no País, além das sedes administrativas das duas Províncias brasileiras da Congregação – ambas localizadas no Rio Grande do Sul. No exterior, o gesto simbólico foi reproduzido na sede do Governo Geral da Congregação das Irmãs de Notre Dame, na Itália, e nas regiões de Moçambique e do Peru onde as religiosas estão presentes.
Em cada local, o plantio deu-se em uma solenidade organizada por membros da Comunidade, a qual intencionou que, assim como a obra edificada pelas Irmãs, as árvores possam florescer e frutificar no porvir. Além disso, placas comemorativas foram fixadas junto às mudas, esclarecendo o seu caráter peculiar.
Rememorando o local onde Jesus orou, evangelizou e foi entregue após o julgamento dos homens, um oliveira foi lançada à terra pela Comunidade Religiosa fundada, incialmente, como um dos Distritos Missionários inaugurados pelas pioneiras da obra Notre Dame no Brasil. Segundo a coordenadora da Comunidade São José, Irmã Maria Helena Kumpfer, o local preparado para o plantio foi escolhido como homenagem às precursoras, além de representar o compromisso assumido pelas religiosas de dar continuidade à sua herança. “Este é um espaço que chamamos de chão sagrado, onde muitas Irmãs foram sepultadas, muitas delas vindas da Alemanha”, esclarece a religiosa.
Também em Não-Me-Toque (RS), a comunidade Júlia Billiart plantou uma Tuia Vela com fins ornamentais. Na oportunidade, Irmã Teresa Borghesan celebrou o momento, relembrando uma frase extraída de carta escrita por Júlia Billiart. “É necessário lançar sempre a semente à terra e o Bom Deus lhe dará crescimento quando lhe aprouver”, exclamou.
Já no Colégio Notre Dame Passo Fundo (RS) – Comunidade oriunda do outro Distrito Missionário estabelecido no País em junho de 2023 -, colaboradores, docentes e educandos uniram-se às religiosas e, em espaços de convívio do educandário, depositaram na terra as mudas de uma árvore nativa, da espécie Ipê-amarelo, e de uma árvore frutífera, da espécie Ariticum. Enquanto isso, no Sítio Quadalupe, a 10km do centro da cidade, uma Cereja do Rio Grande foi plantada por representantes da Congregação de Nossa Senhora.
Realizado em consonância com os objetivos que norteiam a realização da Semana Nacional do Meio Ambiente, tradicionalmente celebrada nos primeiros dias de junho, o plantio mobilizou, também, as comunidades escolares atreladas à Província Nossa Senhora Aparecida. No Colégio Maria Auxiliadora (RS), por exemplo, uma caravana da Prefeitura Municipal de Canoas contribuiu com a solenidade, conscientizando os presentes acerca da estreita relação entre a preservação do meio ambiente e a saúde pública. Já no Colégio Santa Teresinha, localizado em Taquara (RS), o gesto simbólico tomou lugar no Parque do Trabalhador, além de ter sido reproduzido na área externa da instituição de ensino, como sinal de gratidão às pessoas que ajudaram a escrever a história centenária. Enquanto isso, os estudantes da Escola Sagrada Família, mantida em Rolante (RS), plantaram árvores nativas no bosque do educandário e no pátio da Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição.
No norte do Brasil, em solo acreano, a coordenadora da Comunidade Rio Branco, Irmã Maria Lori Seger, recordou aos presentes a chegada das pioneiras ao País, bem como clamou que frutifique a vivência naquele momento compartilhada, recorrendo, para isso, às seguintes palavras do Papa Francisco: “todos podemos cooperar, como instrumentos de Deus, no cuidado da criação”.
Tal entendimento, de acordo com um dos organizadores da iniciativa, o professor André Binsfeld, serviu de motivação para que os festejos alusivos ao centenário refletissem a preocupação de unir as famílias Notre Dame em prol do desenvolvimento sustentável – objetivo também evidenciado pela distribuição de cerca de 20 mil lápis contendo sementes de Figueira Branca.