Diante das inúmeras possibilidades de aprendizado disponíveis nos dias de hoje, é papel da escola estimular a utilização de diferentes ferramentas de estudo para que a construção do conhecimento aconteça de forma autônoma e prazerosa. Além disso, para que o ensino seja de fato válido e efetivo, é essencial que o estudante consiga ultrapassar os limites da sala de aula e enxergue o conteúdo dos livros nas atividades cotidianas.
Pensando nisso, o Colégio Notre Dame Aparecida realizou, na última sexta-feira (03), mais uma edição da sua tradicional Feira do Conhecimento. Realizado a cada dois anos o evento objetiva promover um elo entre a teoria e a prática, estimular o trabalho coletivo, fomentar a pesquisa científica e incentivar a busca pelo conhecimento de forma independente.
Em 2015, a Feira teve como tema “Transformar Conhecimento em Atitude” – mote do movimento que, desde o ano passado, está sendo desenvolvido em todas as instituições de ensino mantidas pela Rede de Educação Notre Dame. A partir dele, foram elaborados problemas de pesquisa, levando em conta as diferentes áreas do conhecimento e os assuntos em voga. Esses problemas deram nome aos 36 trabalhos que constituíram a exposição.
Entre os questionamentos investigados pelos educandos, cujas respostas foram apresentadas ao público que prestigiou a mostra, estavam: “Como o uso de celular influenciou nas relações interpessoais?”, “Como reduzir e reutilizar o lixo que você produz?”, “Sal e açúcar, vilões da saúde?”, “O Brasil é corrupto? Como me relaciono com a corrupção?”, “Quais são as causas do déficit hídrico no Brasil?”, “Endividamento das famílias brasileiras: o orçamento familiar é a solução?” e “A obesidade e o sedentarismo dos jovens e adolescentes podem estar ligados ao crescimento das tecnologias?”.
O evento contou, também, com um resgate da história do Colégio Notre Dame Aparecida, que comemora 85 anos. Essa pesquisa foi realizada e apresentada por estudantes e educadoras da Educação Infantil.
A Feira do Conhecimento, porém, não consistiu em uma simples mostra de trabalhos escolares, pois, desde o seu lançamento, realizado em 11 de março, até a exposição os educandos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio precisaram envolver-se em uma série de estudos e tarefas que demandaram comprometimento e dedicação.
Divididos em grupos, conforme o nível de ensino e o interesse por determinada temática, os estudantes produziram, inicialmente, um trabalho teórico, formatado conforme os critérios do método científico, com apresentação do problema de pesquisa, justificativa, revisão bibliográfica e hipóteses. Na segunda etapa, as equipes elaboraram soluções práticas para o problema investigado. Elas resultaram nos trabalhos apresentados na exposição que, estima-se, foi prestigiada por mil estudantes de escolas de Carazinho, Nova Boa Vista, Coqueiros do Sul e Saldanha Marinho. Além deles, centenas de pais e familiares dos expositores acompanharam as apresentações.
